tag:blogger.com,1999:blog-4743987503545488543.post7701951856510845002..comments2023-05-02T08:13:06.786-07:00Comments on Justino Pinto de Andrade: OS EQUÍVOCOS DO PRESIDENTE DO MPLAJustinohttp://www.blogger.com/profile/13166220169340328603noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-4743987503545488543.post-60651531579389913422011-05-26T05:21:04.826-07:002011-05-26T05:21:04.826-07:00O génio incompetente
Quando era criança eu amava ...O génio incompetente<br /><br />Quando era criança eu amava o presidente José Eduardo. Aos oito anos<br />já era da OPA, mas na altura não percebia nada de política e de como<br />gerir um país. Já havia fome, mas gostava de ver quando ele ia jogar<br />basquete no pavilhão da cidadela e dominava a bola no centro do campo<br />antes de começar uma partida. Gostava daquela carinha laroca de menino<br />mimado e ingénuo, que lhe fazia parecer puro. Na altura, aquela imagem<br />e o seu silêncio iludia facilmente a fome que já sentia e me fazia<br />acreditar que o futuro estava seguro nas suas mãos.<br /><br />Talvez porque o amava quando era criança, quando me tornei homem e comecei a perceber de política e gestão, tive<br />dificuldades em ver nele o ditador que a oposição acusava. Continuei a<br />acreditar que ele era apenas o menino pobre e ingénuo do Sambizanga<br />que lutou, cresceu e se tornou presidente, e que nos ia tirar da<br />pobreza que o colono deixou como herança. Mas hoje, quando lhe ouvi<br />dizer que a culpa da pobreza é do colono, e não do MPLA, para<br />justificar a situação em que estamos, foi como se a venda que tinha<br />nos meus olhos finalmente caiu e me permitiu ver pela primeira vez o<br />Presidente José Eduardo dos Santos, que tanto amava quando era<br />criança.<br /><br />Hoje percebi que ingénuo era eu, não ele. Ele era um génio<br />incompetente. Sim, só um génio incompetente é capaz de, passados mais<br />de trinta anos a governar, justificar a pobreza do país com a herança<br />do colonialismo. Só um presidente incompetente é que não percebe que a<br />democracia e a liberdade de expressão estão além dos jornais e das<br />associações da sociedade civil politicamente controladas, só um<br />incompetente é que não percebe que o povo não precisa que alguém venha<br />do estrangeiro para lhe dizer que aquele burburinho na barriga não é<br />lombriga mas fome. Só um incompetente insensível não percebe que a<br />fome se sente como o frio e a dor.<br /><br />O discurso do Presidente revelou o homem por detrás daquela voz<br />insegura e permitiu perceber o porquê da crise de gestão e de<br />liderança do país. O discurso revelou um presidente amarrado ao<br />passado, completamente falho de ideias para o futuro e,<br />definitivamente, agarrado ao poder como uma criança à primeira bola.<br />Esse discurso revelou um Presidente que já não é capaz de compreender<br />o seu povo, que fala sozinho e apenas para encher o seu ego, que<br />prefere viver rodeado de mentiras e de mentirosos que o fazem<br />acreditar que é um ser iluminado, este discurso revelou um presidente<br />que não tem capacidade para perceber que está na hora de partir para<br />dar alguma esperança a esse país. O discurso do presidente revelou um<br />homem que não se envergonha por ver gente morrer a fome, jovens sem<br />esperança, famílias sem futuro, e prefere racionalizar a pobreza com<br />discursos demagogos que já nem Fidel aceita proferir.<br /><br />Depois de tantos anos a governar, José Eduardo dos Santos já não se<br />devia preocupar com o presente, devia pensar no futuro, num futuro sem<br />ele por cá, por força da lei da natureza e das rezas que várias<br />famílias vêm fazendo para que ele vá embora, vivo ou morto. Depois de<br />tantos anos, em que a paz foi o seu maior feito e nos devia fazer<br />esquecer a fome que sentimos, José Eduardo dos Santos devia lutar para<br />deixar um legado que lhe permitisse ser lembrado como um homem de bem.<br />Mas, como fizeram com a independência, José Eduardo tem sido capaz de<br />transformar a paz numa coisa má. E, assim como os nossos pais ficaram<br />com saudades do colonialismo quando viviam independentes, ele faz-nos<br />ter saudades do tempo da guerra, porque naquele tempo parece que<br />vivíamos melhor.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4743987503545488543.post-52936823118320063432011-05-01T05:35:54.839-07:002011-05-01T05:35:54.839-07:00Professor e Politico Justino Pinto de Andrade, a m...Professor e Politico Justino Pinto de Andrade, a muito venho seguindo as suas intervenções no que se refere a politica de gestão do nosso pais ( Angola), concordo plenamente com muitas das suas posições e o considero um grande activista daquilo que eu chamo pessoas com carácter e dignidade em Angola. Esta mais do que provado que o Prof. 'e um grande exemplo. Confesso que sou um grande admirador do professor , mais ao mesmo tempo também gostaria de fazer um reparo no que se refere aos textos publicados com a assinatura do professor nos vários jornais e pela internet pelo impacto que eles poderiam ter,se fossem editadas numa forma mais popular, e claro que eu sou um caloiro no que se refere a escrever para grandes públicos mais pela minha experiência de vida , isso em varias províncias de angola e estudante formado por uma Universidade local, tenho noção do nível de literacia da nossa sociadade civil , muito analfabetismo e por outro lado os analfabetos letrados ( estes sao os piores, sabem ler as palavras mais nao saber perceber o que elas tentam passar). Pelo que aconselho o professor a fazer textos mais simples ,com uma linguagem mais popular , pois quem pode dar mair votos para o parlamento sao as massas , nao quer dizer que nao se percebe, mais o povo do bairro ainda nao tem a cultura de ler tanto e nao tem uma gramatica tao rica<br /><br />Tenho dito <br />melhores Cumprimentos <br />MuecalhaAnonymousnoreply@blogger.com