1. Aquando da derrota eleitoral do Partido Democrata norte-americano nas eleições intercalares recentemente realizadas, Barack Obama deu como exemplo do mau desempenho científico e tecnológico americano, no presente momento, o facto de o computador mais rápido do mundo ter sido produzido na China e não no seu país.
2. O super computador chinês tornou-se, pois, motivo de orgulho daquele país, colocando a China na posição de superpotência tecnológica. Factos como esse fizeram da China a segunda economia do mundo, depois de ter destronado o Japão.
3. A importância internacional da China vai ao ponto de o seu Presidente da República ter sido recentemente considerado o homem mais influente do mundo, em avaliação feita pela conceituada revista Forbes. Pela primeira vez, o Presidente chinês relegou para o segundo lugar o Presidente norte-americano.
4. A China e a Índia fazem parte de um conjunto de países que têm estado a chamar a atenção do mundo, pelo impacto que produzem na economia mundial. São os chamados BRIC, de que fazem também parte o Brasil e a Rússia. O aparecimento dos BRIC como actores globais é, seguramente, um dos factos mais relevantes no cenário moderno das relações internacionais, já porque a sua influência conjunta é muito mais importante do que o somatório das suas influências individuais.
5. De acordo com estimativas credíveis, em 2030 – portanto, dentro de 20 anos – o PIB (Produto Interno Bruto) dos BRIC superará o PIB do G-7 (EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão). Actualmente, o PIB dos BRIC corresponde a 16% do PIB mundial; possuem 42% da população do planeta; e ocupam 26% do território da Terra. A China, o principal elemento do grupo, é o maior exportador mundial.
6. Se a esses países juntarmos outras 3 destacadas economias emergentes, Indonésia, México e Turquia (completando, assim, o chamado E-7), veremos que os até agora países mais desenvolvidos estão a perder terreno de uma forma muito acelerada, uma perda, em parte, estimulada pela crise económica mundial. As previsões actuais apontam para uma ultrapassagem do PIB do G-7 pelo PIB do E-7, ainda no ano 2020, embora em 2000 o PIB do G-7 fosse o dobro do PIB do E-7. Projecta-se para o ano 2030 o seguinte ranking para as 10 mais importantes economias do mundo: China, Estados Unidos, Índia, Japão, Brasil, Rússia, Alemanha, México, França e Grã-Bretanha.
7. É reconhecido, porém, que os BRIC ainda não actuam no plano internacional como um grupo coeso. Tem-se assistido, porém, a um aumento dos contactos entre esses 4 países, quer ao nível do político, do económico-financeiro, no domínio tecnológico e comercial.
8. Na visita que efectuou à Índia, o Presidente norte-americano, Barack Obama, fez afirmações que assinalam o reconhecimento do papel desse país na economia e, por consequência, na política mundial. Apelou mesmo a um maior relacionamento entre a Índia e os Estados Unidos da América, com vista ao aumento do volume do emprego no seu país, um facto que indicia que a economia norte-americana precisa de novos mercados para se expandir – e o crescente mercado de consumo indiano pode ser uma solução.
9. A ida do Presidente norte-americano à Índia e a afirmação que lá fez sobre o eventual apoio do seu país a uma futura inclusão da Índia no núcleo restrito dos países com assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, realça o papel crescente da Índia no panorama internacional. Deixa, assim, de ter apenas importância local (regional) e passa a exercer influência a um nível mais vasto.
10. Na mesma ocasião, o Secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, discutiu com o Ministro indiano das Finanças os modos de aprofundamento das relações entre os dois países e, sobretudo, o estabelecimento de um acordo global que permita reequilibrar as contas correntes entre eles. Do reequilíbrio das suas contas correntes dependerá, em alguma medida, o aumento do número de empregos nos Estados Unidos – afinal, o calcanhar de Aquiles da presente governação norte-americana, e que pode condicionar o futuro político do Presidente Barack Obama.
11. A proposta norte-americana de fortalecimento dos laços com a Índia e o seu apoio à obtenção de um assento como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas visam também reduzir a importância crescente da autoridade da China na região asiática e no mundo.
12. Presentemente, e em termos globais, a Índia é a 10ª economia do mundo, não obstante ser o 2º país mais populoso (com um efectivo que ronda os mil e duzentos milhões de pessoas), o que faz com que o seu PIB per capita seja irrisório.
13. A Índia é ainda um país com uma enorme “dívida social”: cerca de 25% da sua população da Índia vive abaixo da linha de pobreza; tem muita pobreza no meio rural; tem um importante analfabetismo residual; o seu sistema de castas torna-se um obstáculo ao desenvolvimento; e os índices de corrupção são assinaláveis. Por contraste, é hoje dos países mais importantes no campo das tecnologias de informação e em outras tecnologias de ponta. Tem, sobre a China, a vantagem de ser uma democracia. Claramente, estamos face a um país a ter em conta.
2. O super computador chinês tornou-se, pois, motivo de orgulho daquele país, colocando a China na posição de superpotência tecnológica. Factos como esse fizeram da China a segunda economia do mundo, depois de ter destronado o Japão.
3. A importância internacional da China vai ao ponto de o seu Presidente da República ter sido recentemente considerado o homem mais influente do mundo, em avaliação feita pela conceituada revista Forbes. Pela primeira vez, o Presidente chinês relegou para o segundo lugar o Presidente norte-americano.
4. A China e a Índia fazem parte de um conjunto de países que têm estado a chamar a atenção do mundo, pelo impacto que produzem na economia mundial. São os chamados BRIC, de que fazem também parte o Brasil e a Rússia. O aparecimento dos BRIC como actores globais é, seguramente, um dos factos mais relevantes no cenário moderno das relações internacionais, já porque a sua influência conjunta é muito mais importante do que o somatório das suas influências individuais.
5. De acordo com estimativas credíveis, em 2030 – portanto, dentro de 20 anos – o PIB (Produto Interno Bruto) dos BRIC superará o PIB do G-7 (EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão). Actualmente, o PIB dos BRIC corresponde a 16% do PIB mundial; possuem 42% da população do planeta; e ocupam 26% do território da Terra. A China, o principal elemento do grupo, é o maior exportador mundial.
6. Se a esses países juntarmos outras 3 destacadas economias emergentes, Indonésia, México e Turquia (completando, assim, o chamado E-7), veremos que os até agora países mais desenvolvidos estão a perder terreno de uma forma muito acelerada, uma perda, em parte, estimulada pela crise económica mundial. As previsões actuais apontam para uma ultrapassagem do PIB do G-7 pelo PIB do E-7, ainda no ano 2020, embora em 2000 o PIB do G-7 fosse o dobro do PIB do E-7. Projecta-se para o ano 2030 o seguinte ranking para as 10 mais importantes economias do mundo: China, Estados Unidos, Índia, Japão, Brasil, Rússia, Alemanha, México, França e Grã-Bretanha.
7. É reconhecido, porém, que os BRIC ainda não actuam no plano internacional como um grupo coeso. Tem-se assistido, porém, a um aumento dos contactos entre esses 4 países, quer ao nível do político, do económico-financeiro, no domínio tecnológico e comercial.
8. Na visita que efectuou à Índia, o Presidente norte-americano, Barack Obama, fez afirmações que assinalam o reconhecimento do papel desse país na economia e, por consequência, na política mundial. Apelou mesmo a um maior relacionamento entre a Índia e os Estados Unidos da América, com vista ao aumento do volume do emprego no seu país, um facto que indicia que a economia norte-americana precisa de novos mercados para se expandir – e o crescente mercado de consumo indiano pode ser uma solução.
9. A ida do Presidente norte-americano à Índia e a afirmação que lá fez sobre o eventual apoio do seu país a uma futura inclusão da Índia no núcleo restrito dos países com assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, realça o papel crescente da Índia no panorama internacional. Deixa, assim, de ter apenas importância local (regional) e passa a exercer influência a um nível mais vasto.
10. Na mesma ocasião, o Secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, discutiu com o Ministro indiano das Finanças os modos de aprofundamento das relações entre os dois países e, sobretudo, o estabelecimento de um acordo global que permita reequilibrar as contas correntes entre eles. Do reequilíbrio das suas contas correntes dependerá, em alguma medida, o aumento do número de empregos nos Estados Unidos – afinal, o calcanhar de Aquiles da presente governação norte-americana, e que pode condicionar o futuro político do Presidente Barack Obama.
11. A proposta norte-americana de fortalecimento dos laços com a Índia e o seu apoio à obtenção de um assento como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas visam também reduzir a importância crescente da autoridade da China na região asiática e no mundo.
12. Presentemente, e em termos globais, a Índia é a 10ª economia do mundo, não obstante ser o 2º país mais populoso (com um efectivo que ronda os mil e duzentos milhões de pessoas), o que faz com que o seu PIB per capita seja irrisório.
13. A Índia é ainda um país com uma enorme “dívida social”: cerca de 25% da sua população da Índia vive abaixo da linha de pobreza; tem muita pobreza no meio rural; tem um importante analfabetismo residual; o seu sistema de castas torna-se um obstáculo ao desenvolvimento; e os índices de corrupção são assinaláveis. Por contraste, é hoje dos países mais importantes no campo das tecnologias de informação e em outras tecnologias de ponta. Tem, sobre a China, a vantagem de ser uma democracia. Claramente, estamos face a um país a ter em conta.
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